LOS ANGELES (Reuters) - Quando homens se parecem com mulheres escandalosamente atraentes em videogames como "World of Warcraft" não se trata de problema de desvio sexual, mas de obter vantagens que podem levar à vitória.
"Não tem nada a ver com identidade sexual", disse Brenda Brathwaite, produtora de jogos que ingressou no assunto ao escrever o livro "Sex in Video Games", que será lançado ainda este ano.
Apesar da existência de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros em comunidades de jogos online multiplayers (MMO), as questões de orientação sexual são assunto secundário na hora de massacrar bestas ou exércitos inimigos, afirmam pesquisadores e jogadores.
"Se você se definir como homossexual em 'World of Warcraft' não faz a menor diferença. Quem se importa? Você pode ser gay, hetero, transgênero. O que importa é se você pode brandir uma espada", disse Brathwaite.
Em uma pesquisa conduzida pelo site About.com, quase dois terços dos 920 internautas participantes disseram que jogam com caracteres do sexo oposto em jogos MMO.
Kathryn Wright, consultora e psicóloga do site WomenGamers.com descobriu no início da década que 60 por cento dos jogadores que usam personagens femininos fazem isso para ganhar vantagens.
Um entusiasta com o apelido online de Jackpot649 marca bem a questão em resposta à pesquisa feita pelo About.com: "Eu sou um cara, mas se eu tenho que olhar para um personagem o dia inteiro, eu prefiro olhar para um avatar feminino. Além do mais, as pessoas te dão coisas de graça."
"O lado negativo são os constantes 'Posso te ajudar?"', diz Jeff Green, editor-chefe da Computer Gaming World, que durante seis meses jogou o game "EverQuest", da Sony, como um personagem feminino enquanto apurava uma matéria.
Green, 44, está jogando agora "World of Warcraft", da Blizzard, e voltou aos personagens masculinos. Apesar de todo seu conhecimento no mundo dos videogames ele admite: seu primeiro instinto ao ver um personagem feminino é assumir que a pessoa que está por trás dele é uma mulher.
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